domingo, 27 de junho de 2010

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

SAP da Misericórdia fecha no final do mês
Ontem
Nuno Cerqueira
Quem precisar dos Serviços de Atendimento Permanente no Hospital da Póvoa de Lanhoso ao fim de semana e feriados terá que pagar 25 euros a partir do próximo mês. O SAP encerra serviços porque ARS Norte não renovou o protocolo de cooperação com a Misericórdia da Póvoa de Lanhoso e a partir de Novembro será o encerramento total.

Quem precisar dos Serviços de Atendimento Permanente no Hospital da Póvoa de Lanhoso ao fim de semana e feriados terá que pagar 25 euros a partir do próximo mês. O SAP encerra serviços porque ARS Norte não renovou o protocolo de cooperação com a Misericórdia da Póvoa de Lanhoso e a partir de Novembro será o encerramento total.

A Administração Regional de Saúde Norte (ARSN) e a Misericórdia da Póvoa de Lanhoso não apresentam justificações para o encerramento do SAP aos feriados e fim de semana no Hospital António Lopes. Se do lado da ARSN não houve resposta em tempo útil por ontem não se encontrar ninguém disponível para o fazer, do lado da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso os esclarecimentos vieram via comunicado aos habitantes da terra de Maria da Fonte. “Na sequência da não renovação, por parte da ARS Norte, do Acordo de Cooperação para o funcionamento do SAP aos fins de semana, feriados e tolerâncias de ponto, informa-se a população que este encerrará no dia 30 de Junho”, lê-se na nota informativa. Fonte da Misericórdia diz ainda que cabe agora ao serviço nacional de saúde “dar respostas para onde vão os doentes”.

No entanto, o Hospital António Lopes vai manter um serviço de consultas médicas na modalidade de “consulta aberta”, em regime não convencionado. O mesmo será dizer que os utentes, em vez de se pagar pouco mais de três euros, vão desembolsar 25 euros. Para muitos este valor é insuportável. “Tenho duas crianças e vou com alguma frequência ao Hospital de Misericórdia, agora se tiver o azar de ter que ir com eles nesse período imagine quanto eu que eu não pago para ter saúde”, lamenta Alice Oliveira. Na Póvoa de Lanhoso poucos eram os habitantes que estavam a par destas alterações e mais ficaram surpreendidos quando o JN os informou sobre o encerramento das urgências a partir de Novembro deste ano. “Não sabia mas a ser verdade quero saber quem me vai pagar as minhas deslocações a Braga se tiver uma emergência. Este país anda todos dias para trás. Sabe o que se devia fazer? Um revolução à Maria da Fonte”, vaticina Augusto Vieira.

A autarquia da Póvoa de Lanhoso não quer que o SAP encerre. No entanto, e caso a situação não tenha volta a dar, a Câmara pediu à ARS Norte que as alterações no SAP da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso só entrem em funcionamento em Outubro, mas não obtiveram qualquer resposta. “Nós pedidos esse adiamento porque a população no Verão aumenta e a unidade de saúde familiar vai entrar em obras. Isto vai trazer vários problemas no atendimento às pessoas”, destaca Manuel Baptista. O autarca tem esperança que o recente acordo entre Misericórdias e Ministério da Saúde mantenha o SAP mas noutro formato, no entanto o autarca vai se preparando para o pior e já pensa em subsidiar as consultas dos habitantes da Póvoa de Lanhoso mais carenciados. Durante o ano de 2009 passaram nas consultas ao feriados e fim de semanas no Hospital da Misericórdia António Lopes 18 mil utentes, utentes estes, que a partir de Julho vão ter que se deslocar a outro Hospital caso necessitam de uma consulta entre as oito da noite e uma da tarde.

JN

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