sexta-feira, 17 de abril de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Velha

Proença-a-Velha


Museu de Arte Sacra vai avançar
A freguesia de Proença-a-Velha, no concelho de Idanha, vai ter um Museu de Arte Sacra. Este é um sonho já antigo e um anseio que a Santa Casa alimenta há longos anos, desde finais da década de 60, no século XX. Tudo porque ali existem imagens de rara beleza e valor que merecem ter um espaço condigno para ser apreciadas. Agora o sonho vai concretizar-se.

O projecto para o tão almejado Museu de Arte Sacra, foi apresentado no passado sábado, dia 11, pelo arquitecto responsável, Nuno Travasso.

A casa onde ficará instalado o Museu, mesmo junto à Igreja da Misericórdia foi adquirida pela autarquia, por 30 mil euros, embora fique na posse da Santa Casa.

Como refere a Memória Descritiva do projecto, “o Museu de Arte Sacra de Proença-a-Velha deverá surgir como um complemento à Igreja da Misericórdia e estabelecer-se não só como um novo pólo de atracção turística, mas sobretudo como parte da identidade de Proença”.

Nuno Travasso refere que este projecto parte da intervenção numa pequena casa actualmente devoluta, com a qual se procura manter e recuperar a estrutura existente, dando-lhe uma maior clareza e dignidade. Verifica-se, no entanto, que a área exígua da construção não permite responder de modo satisfatório às exigências que a nova função impõe. Daí a necessidade de prever a ampliação do edifício.

Neste sentido e preservando a casa existente a proposta apresenta a construção de um outro espaço, aproveitando o logradouro, perfeitamente disfarçado, onde ficarão instaladas as valências e serviços de apoio ao Museu.

E é aqui que nasce, também, a principal sala, onde vão ficar as peças mais valiosas do calvário gótico. Um espaço que, como refere o arquitecto se transforma, assim, numa “espécie de relicário”.

Terá um revestimento metálico “onde não existe uma clara diferenciação entre paredes e cobertura. O carácter de excepção da nova construção ajuda ainda a caracterizar o novo uso do conjunto”, descreve a memória.

A casa a recuperar ficará ampla, sem qualquer tipo de divisões, nascendo duas salas, nos dois pisos do imóvel.

O presidente da Junta está satisfeito por conseguir concretizar esta pretensão da Santa Casa e da população. Francisco Silva refere ao Reconquista que o Calvário, datado do século XIII vai, finalmente, ficar visível, embora bem guardado, dadas as características do espaço onde será colocado.

Para além disso, destaca que todo o espólio da Santa Casa e da paróquia vai poder ser apreciado, o que até aqui não acontecia, havendo muitas peças guardadas, devido ao seu valor.

No total, como refere o autarca, são mais de 170 metros quadrados que vão albergar todo este espólio valioso, num projecto orçado em 165 mil euros e para uma obra com prazo de execução de 18 meses.

Os Fundos Comunitários poderão ajudar e para isso vai ser feita a respectiva candidatura.


Por: Cristina Mota Saraiva

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