08 Abril 2009 - 00h30
Portalegre: Na Santa Casa da Misericórdia
Queixas por maus tratos e perseguição
A Santa Casa da Misericórdia de Portalegre está a ser alvo de queixas de funcionários e de familiares de utentes por perseguições a colaboradores e maus tratos a idosos do lar.
Do vasto rol de acusações destacam-se as mudanças frequentes das regras de funcionamento da instituição, com vista à expulsão de utentes, e aplicação de processos disciplinares a funcionários, a falta de qualidade das refeições e limitações nas visitas aos internos no lar.
A irmã Celeste Tavares, que se encontra de baixa devido a uma intervenção cirúrgica, é das poucas funcionárias a dar a cara pelas denúncias. Após mais de 20 anos ao serviço na Misericórdia foi expulsa duas vezes pela polícia do interior da instituição, por tentar visitar e confortar os utentes. A administração da Misericórdia diz que a colaboradora "provocou voluntariamente danos à instituição".
"Os laços afectivos com os utentes não são bem-vistos e quem trata bem os idoso está tramado. Acho que deixou de ser Misericórdia para se tornar uma empresa com vista ao lucro", referiu a irmã, acrescentando que as mudanças constantes do regulamento originaram motivos para a aplicação de processos disciplinares a funcionários .
Familiares dos utentes, que preferem o anonimato com medo de represálias, garantem que são servidos alimentos fora da validade e que os idosos se queixam de "frio e fome". "Iogurtes, bolachas e manteiga são abertos para não se ver a validade. Às vezes não há pão, outras é servido um rissol por pessoa ou dez postas de peixe para 20 idosos". Uma das situações mais graves é o limite das visitas. "Já chegaram a dizer que não é preciso visitar os velhotes todos os dias. Será que é para não vermos o que se passa?", interroga outra familiar.
A provedora, Piedade Murta, refere que todos os denunciantes "têm de provar o que dizem" e frisa que "houve eleições há pouco tempo e que ninguém se candidatou".
APONTAMENTOS
ASSISTÊNCIA
A Santa Casa de Évora tem 105 internos e presta apoio domiciliário a 29 pessoas.
DENÚNCIAS
Celeste Tavares, expulsa da Irmandade, expôs os casos ao bispo de Portalegre, Segurança Social e Governo Civil.
Alexandre M. Silva com M.I.
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» COMENTÁRIOS
09 Abril 2009 - 17h55 | CIVILIZAÇÃO
Que pena dá a irmãzinha de idosos com alguns bens para extorquir.Qual irmã qual carapuça!!!
09 Abril 2009 - 17h38 | DANILO REIS
COITADA DESTA IRMÃ QUE SÓ FIM 20 ANOS DESCOBRIU TANTAS ILEGALIADES,QUEM DÁ COBERTURA A PESSOAS SEM IDONIEDADE.
08 Abril 2009 - 15h13 | A S-Lx
Sta Casa(?!).E ainda da Misericórdia(?!)Q.excessivo.
08 Abril 2009 - 11h20 | helena costa
E a ASAE a estas casas não vai, porquê?E quem é que demite a anormal que se diz provedora e não se fiscalizam as contas?
08 Abril 2009 - 11h15 | Revoltada
Tive um familiar na Misericórdia da Póvoa de Varzim e sempre que lá ia em visita, perguntava onde estava a MISERICÓRDIA!
08 Abril 2009 - 10h53 | MMSilva
A palavra Misericórdia têm um significado mto amplo, mas que não está a ser aplicado. Infelismente só querem o lucro!!!
08 Abril 2009 - 10h24 | Ana Antunes
O nível de um país vê-se pelo modo como trata crianças e idosos. Mesericórdia é o que se pede! lx
08 Abril 2009 - 09h57 | Teresa Barreira - Braga
Já não é a primeira vez que comento as misericórdias, deviam de corrigir o nome para oportunistas, já senti tudo isso.
08 Abril 2009 - 09h01 | JOKER
QUEM NÃO RESPEITA OS IDOSOS,NÃO SE RESPEITA A SI NEM AO PRÓXIMO. MISERICÓRDIA = MISÉRIA HUMANA.
CM
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