Direcção da Santa Casa quer demitir o provedor
PAULO FAUSTINO, Açores
Ponta Delgada. Assembleia geral marcada para dia 17
A mesa administrativa, órgão executivo da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, está disposta a cessar funções para obrigar à destituição do actual provedor, Luís Silva, que também integra a equipa.
Para já, foi convocada uma assembleia geral extraordinária para dia 17 no antigo hospital da Misericórdia, com o objectivo de apreciar "anomalias no funcionamento da mesa administrativa, com vista à tomada de medidas adequadas para assegurar transitoriamente a administração da Santa Casa, designadamente a destituição do actual órgão executivo".
Na base da iniciativa está o desejo dos quatro membros que integram a mesa administrativa de precipitar a saída do quinto elemento da direcção, Luís Silva, o homem forte da instituição há mais de duas décadas. Com isso, o grupo de descontentes pretende desencadear a destituição da actual mesa, proporcionar a criação de uma direcção substituta até às eleições, daqui a um ano, ou avançar para eleições antecipadas. Um destes cenários poderá sair da reunião magna de dia 17, que se espera bastante concorrida - com a presença dos 400 elementos da irmandade da Misericórdia -, deverá ser adiada a aprovação do plano de actividades e orçamento para 2009.
Fonte do DN garante que os "quatro elementos da mesa desvincularam--se da gestão do provedor, que não mexe, é autoritária e não se coaduna com os tempos de hoje, em que a opinião de todos conta". Às tais "anomalias" mencionadas não estarão alheias falhas denunciadas na prestação de cuidados de higiene e alimentação à terceira idade no Lar da Levada e no centro geriátrico, ambos tutelados pela Misericórdia de Ponta Delgada. Entretanto, um documento secreto subscrito pelos elementos contestatários revela as causas da insatisfação com a gestão do provedor. O DN tentou contactar Luís Silva, mas em vão.|
Diário de Notícias
08-11-2008
Sem comentários:
Enviar um comentário