sábado, 22 de novembro de 2008

Santa Casa da Misericórdia de Santarém e do Bombarral

Enfermagem passa a Escola de Saúde

Está concretizada a velha aspiração da Escola de Enfermagem em passar a Escola Superior de Saúde. Para começar em grande esta nova etapa da vida da escola, iniciaram-se na semana passada três novas pós-graduações - cuidados paliativos, cuidados continuados e enfermagem de família -, três áreas com um tronco comum de aprendizagem e quer permitem complementar a formação inicial em enfermagem ministrada na escola. Ao todo, estas três pós-graduações têm quase 60 alunos.

No futuro, pelo menos duas destas pós-graduações serão integradas no Mestrado em Enfermagem a Pessoas em Processo de Doença na Comunidade, uma das áreas de especialização do Mestrado em Enfermagem que a Escola Superior de Saúde de Santarém tem para aprovação no Ministério do Ensino Superior. Brevemente abre ainda uma nova pós-graduação em Supervisão Clínica em Enfermagem, com capacidade para 30 alunos. As inscrições já estão abertas.

Na sessão de abertura destas três pós-graduações, o presidente da Escola, José Amendoeira, salientou a importância da mudança do nome da escola para Superior de Saúde, o que na sua opinião, permite uma abordagem multidisciplinar às questões da saúde, trazendo mais-valias para o futuro da escola. O dirigente salientou ainda que a escola está a apostar em estratégia de cooperação com entidades na área da saúde, dos cuidados continuados e da solidariedade, estando a estabelecer protocolos académicos e de estágios com essas entidades.

Dois destes protocolos de cooperação foram assinados nesta sessão, um com a Santa Casa da Misericórdia de Santarém e outro com a Santa Casa do Bombarral.

Luís Capelas, especialista em cuidados continuados e professor da Universidade Católica, foi o orador convidado para falar sobre a importância dos cuidados à pessoa em fim de vida. Luís Capelas explicou, por números e previsões estatísticas, que cada vez são precisos mais profissionais nesta área, não tivesse aumentado de 46 para 78 anos a esperança média de vida entre 1900 e a actualidade. Além disso, morre-se cada vez mais nos hospitais e o tempo de dependência de um paciente até morrer é de 4 anos, quando anteriormente se morria mais depressa. Acresce ainda o facto de os estudos preverem que 1 em cada 4 pessoas vai morrer com cancro e que 90% das pessoas já morrem de doença prolongada.

O Ribatejo

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