quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim

200 mil euros ameaçam centro
00h30m
ANA TROCADO MARQUES
A Misericórdia da Póvoa precisa de 200 mil euros para adaptar o Centro de Estudos e Apoio à Paramiloidose. Só assim o único espaço de apoio à doença não acaba. Por garantir está a consulta externa e apoio domiciliário, que abrangem quase 400 utentes/ano.

Quatro meses depois de ter anunciado o encerramento do CEAP, no final do ano, depois de 17 anos a acumular prejuízos de mais de 2,33 milhões de euros, a Santa Casa da Misericórdia poveira chegou, agora, a acordo com a ARS/Norte.

A instituição, que gere o único espaço no país de apoio aos doentes da vulgarmente conhecida como "doença dos pezinhos", recebeu agora "luz verde" para que o CEAP seja equiparado a uma unidade de Cuidados Continuados Integrados (CCI), mas para tal terá, explicou, ao JN, o provedor, Silva Pereira, que fazer obras de adaptação, orçadas em 150 mil euros, a que acresce uma viatura de transporte de doentes, no valor de quase 50 mil euros.

O investimento será comparticipado a 75% pelo Ministério da Saúde, mas caberá à Misericórdia da Póvoa de Varzim encontrar financiamento para os restantes 50 mil euros.

Silva Pereira já pediu uma "reunião urgente" com o presidente da Câmara da Póvoa, Macedo Vieira, a fim de pedir o apoio do município para fazer face às despesas.

Recorde-se que, tal como o JN noticiou, no final de Junho, em conferência de imprensa, a Misericórdia poveira anunciava o fim do Centro de Estudos e Apoio à Paramiloidose. Impotente para fazer face aos custos de funcionamento, a Santa Casa ameaça encerrar o centro, caso o Ministério da Saúde não aumentasse as comparticipações estatais.

O Centro de Estudos e Apoio à Paramiloidose presta apoio, "completamente gratuito", a 30 doentes internados de todo o país, quase todos com a doença em estado avançado. Com a equiparação a CCI, fica assegurado o internamento, mas não as restantes valências: consultas externas e planeamento familiar, o apoio domiciliário e transporte a consultas pré e pós-transplante hepático.

"Não se enquadram nos Cuidados Continuados. Terá que haver um protocolo autónomo para manter a consulta externa e o apoio domiciliário, ou não conseguiremos mantê-los", avisa Silva Pereira.

Jornal de Notícias
22-10-2008

1 comentário:

Anónimo disse...

este era um projecto que também tinhamos em mente, no entanto mais direccionado para a enfermagem nas misericórdias.. Por acaso é enfermeiro?? que relação tem com as misericórdias???

Somos um grupo associativo e por acaso um dos administradores trabalha numa misericórdia e tem interesse neste projecto.
Visite-nos em http://enfermagempt.bravehost.com