sábado, 20 de dezembro de 2008

Santa Casa da Misericórdia de Mirandela

17-12-2008 - 15:45
Santa Casa da Misericórdia tem casa nova com várias valências
A inauguração das novas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela foi o culminar de uma luta constante que vinha a perdurar há alguns anos. “Foi uma obra muito cara, muito complexa porque era um edifício muito degradado, praticamente em ruínas e hoje podemos constatar que é uma obra de grande qualidade. Procurámos introduzir obras de arte que vêm valorizar imenso o edifício. Tínhamos que preservar os valores patrimoniais para sermos dignos dos nossos antepassados. Só assim é que podemos sentir-nos hoje orgulhosos de termos construído o edifício, de termos criado um museu de arte sacra, criado salas de exposições temporárias de valor artístico”, salienta Manuel Araújo, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela.
Esta foi uma obra que custou cerca de um milhão de euros, à qual a Câmara de Mirandela comparticipou com 300 mil para além do apoio técnico que deu a nível de arqueologia, da segurança e o apoio técnico da própria construção civil.
O Antigo edifício já se encontra em obras, e dentro de mês e meio será inaugurado, para ficar instalado um o centro de dia, integrado numa empresa de inserção social com panificação, ligada à padaria e pastelaria.
“O nosso objectivo era construir uma pastelaria. Mas a pastelaria e padaria são afins, e portanto não fazia sentido visto que somos maior consumidor de pão não aproveitarmos uma infra-estrutura que nós íamos construir. Vamos, acima de tudo, criar postos de trabalho, na ordem dos dez postos de trabalho, para nós isso é fundamental. Se criarmos estabilidade numa família podemos ultrapassar as dificuldades quer de apoio a crianças quer de apoio a idosos e essa é a política que vamos continuar a praticar”, refere o Provedor.




O Banco Solidário é um protocolo entre a Câmara Municipal de Mirandela e a Santa Casa da Misericórdia. José Silvano, Presidente da Câmara Municipal de Mirandela, explica que “nestes concelhos, muitas vezes há voluntários mas não estão organizados por um lado, ninguém os incentiva a que entidades precisam de voluntários, por outro lado não têm um projecto, nem uma sala nem um edifício comum para se juntarem”.
Este banco pode dinamizar o banco social que se pretende constituir na Santa Casa da Misericórdia, que já tem uma sala emprestada pelo ninho de empresas, para fazer um banco local e social.
“Esperamos que haja durante o ano inteiro um levantamento de famílias necessitadas que possam ter uma vez por mês, direito a alimentos, a roupa, e não estar à espera única e exclusivamente como este actual banco da segurança social, que no Natal se juntem três ou quatro ofertas que têm que gastar naqueles dias e que depois andam todo o ano a passar fome e a ter necessidades”, alerta José Silvano.
O objectivo é organizar um banco social para que todos os meses as famílias mais necessitadas se possam socorrer dele para ter alguns alimentos.
A partir da legalização deste banco de voluntariado é que cada um se candidata aos serviços de acção social da Câmara.

Terra Quente

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