quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Santa Casa da Misericórdia de Serpa

Misericórdia à esperade fundos para novo lar
Projecto visa construir nova estrutura, depois do incêndio há um ano
00h00m
A Santa Casa da Misericórdia de Serpa, cujo lar, já recuperado, foi atingido há um ano por um incêndio, que provocou quatro mortos e 42 feridos, conseguiu aval para nova residência, mas falta agora garantir o financiamento.

"Já conseguimos o aval da Segurança Social relativamente à viabilidade de construção de uma nova estrutura residencial, com capacidade para 120 utentes, 100 sociais [financiados pela Segurança Social] e 20 privados", adiantou ontem à agência Lusa a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) e responsável pelo Lar de São Francisco, Maria Ana Pires.

A SCMS já dispõe de terreno e do apoio da Câmara de Serpa para fazer os projectos de arquitectura, mas "ainda tem que garantir o financiamento" para poder avançar com a construção da residência, cujo orçamento ainda não foi estimado, frisou.

"Estamos a equacionar várias formas de conseguir financiar a construção da residência", disse Maria Ana Pires, indicando que a SCMS espera poder candidatar o projecto para financiamento através de "uma eventual revisão e nova fase" do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) ou de fundos comunitários.

Apesar da recuperação do Lar de São Francisco, Maria Ana Pires garantiu que a SCMS "não desistiu" da construção de um novo lar para substituir o actual e cujo projecto "não foi contemplado" para financiamento nas duas primeiras fases do PARES.

Para excluir a candidatura do novo lar, disse Maria Ana Pires, "o PARES alegou que a taxa de cobertura do distrito de Beja é suficiente para as necessidades e não são precisas mais camas para idosos". Um argumento que a responsável "estranhou", porque "despreza a taxa de envelhecimento da população no distrito, sobretudo no concelho de Serpa, que é superior à média nacional".

O incêndio, que no último dia de 2007 atingiu o Lar de São Francisco, afectou os dois pisos da zona dos quartos e a sala de convívio, mas o refeitório, a cozinha e toda a parte antiga do edifício.

Dos 102 utentes do lar, quatro morreram devido ao incêndio, um após sair do hospital e ter entrado num lar, e os restantes, entre os quais 42 feridos que chegaram a ser internados, foram provisoriamente realojados em várias instituições ou casa de familiares.

JN

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