segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Santa Casa da Misericórdia do Porto

Parque da Prelada definido até Março
00h33m
HUGO SILVA
A Misericórdia do Porto poderá não participar na gestão do futuro parque público da Prelada. O concurso de ideias para a utilização do espaço foi lançado este domingo. A solução a adoptar no terreno deverá estar definida até 31 de Março de 2009.

É para essa data que está agendada a Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia do Porto, tendo em vista a aprovação o memorando de entendimento a assinar com os autores da proposta vencedora. Que pode determinar uma gestão sem a participação da Misericórdia, proprietária dos terrenos da Quinta da Prelada, onde deverá nascer um parque público de lazer, cultura e desporto. Uma mistura de Serralves com Parque da Cidade, conforme tinha já explicado, ao JN, António Tavares, da Misericórdia do Porto.

"A proposta deve indicar de modo claro e conciso o modelo de gestão a adoptar e se o mesmo é ou não em parceria com a Misericórdia", lê-se no texto do concurso de ideias. "A proposta deve manifestar uma alta capacidade de auto-sustentatibilidade económica e financeira, indicando, de um modo claro, as necessidades de despesas de investimento e qual a sua fonte de receitas", adverte a instituição. Como o JN já tinha também noticiado, para entrar no parque deverá ser preciso pagar. Ainda que, no texto do concurso, se alerte para o facto das candidaturas não poderem ignorar a missão da Misericórdia de ajuda aos mais desfavorecidos. Aliás, o lema da intervenção na Quinta da Prelada, onde durante 45 anos funcionou um parque de campismo (fechou no final de 2006), é claro: "Solidariedade com a Natureza".

"As propostas devem englobar a utilização dos espaços verdes como zonas de lazer e desportivas, realçando também a sua utilização como espaços de cultura, salvaguardando a preservação dos jardins e floresta existentes e a sua articulação com a zona conexa da Casa da Quinta, zona essa que não integra o presente concurso de ideias", esclarece o anúncio da Misericórdia.

A instituição alerta, ainda, que a área da intervenção é considerada "zona protegida" e, como tal, "sujeita a supervisão do Igespar". Por outro lado, adverte que "não será possível usar o património em questão para qualquer tipo de garantia real ou de outro género, junto de entidades terceiras".

Os interessado devem entregar as propostas até 31 de Janeiro. O júri escolherá as duas melhores, com as quais a Misericórdia negociará até final de Fevereiro. Após essa fase, o vencedor assinará um memorando de entendimento.

JN

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