quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Alenquer

Associação diz que organismos não reúnem condições mínimas de segurança
Deco pede encerramento para obras de quatro lares da região de Lisboa
27.01.2009 - 14h41 Lusa
A Deco, Associação para a Defesa do Consumidor, solicitou hoje o encerramento para obras de quatro lares de idosos na região de Lisboa, considerando que as actuais condições colocam em risco a vida das pessoas que ali vivem.

A Deco visitou, em Julho e Agosto do ano passado, 28 lares de idosos nas regiões de Lisboa e do Porto, dos quais 21 não passaram chumbaram na avaliação e a associação diz mesmo que quatro deles não reuniam as condições mínimas de segurança.

“Pedimos que estes quatro sejam encerrados para obras enquanto não conseguirem condições mínimas de segurança. São lares que colocam em risco a vida das pessoas”, exortou Teresa Belchior, responsável da Deco, em conferência de imprensa.

Os lares que, segundo a Deco, deveriam encerrar por questões de segurança são o Lar de Idosos Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, a Mansão de Santa Maria de Marvila, a Associação Serviço Social ASAS e a Confraria S. Vicente de Paulo.

Teresa Belchior explicou que foram enviados questionários a 124 lares (com e sem fins lucrativos) dos 416 que existem em Lisboa e Porto, tendo depois sido escolhidos 29 para visitas não programadas.

Um desses lares, a Associação de Apoio Social da TAP, não permitiu a entrada da Deco sem marcação prévia, pelo que a amostra incide em apenas 28 estabelecimentos. “Todos os lares permitiram a entrada e, do ponto de vista do consumidor, o que queremos é ver as condições do dia-a-dia sem preparação”, explicou.

Dos 28 lares visitados, e tendo em conta três critérios (segurança contra incêndios, evacuação e serviços), apenas um lar teve classificação “Bom” (Casa do Penedo, em Lisboa) e seis obtiveram classificação “média”. Os restantes apresentaram várias falhas ao nível da segurança, como a não compartimentação entre espaços (medida necessária para garantir a evacuação em caso de incêndio), e ao nível dos serviços verificou-se que "um dos aspectos mais penalizadores são os poucos funcionários que ficam com os idosos à noite".

A amostra deste estudo, cujos resultados foram já enviados ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e ao Instituto de Segurança Social, responsável pelo funcionamento e fiscalização destes estabelecimentos, foi escolhida entre Instituições Particulares de Solidariedade Social, que representam mais de 70 por cento das respostas sociais dos lares.

Público

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