sábado, 17 de janeiro de 2009

Santa Casa de Misericórdia de Viseu

Paulo Ricca (arquivo)

Apoio alimentar é dado nos casos em que as pessoas não têm dinheiro suficiente


Medida visa combater crise económica aos mais carenciados
Viseu disponibiliza mais de 30 refeições diárias a cidadãos do concelho
16.01.2009 - 19h57 Lusa
A Autarquia de Viseu, em colaboração com algumas associações do concelho, começou hoje a disponibilizar refeições aos cidadãos mais carenciados das freguesias rurais. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, mais de três dezenas de refeições começaram hoje a ser entregues em casa de cidadãos mais carenciados.

"Esta é uma das nossas respostas à crise que todos atravessamos e que se sentirá mais nos cidadãos desprotegidos", justificou. O autarca explicou que a "principal preocupação é fornecer refeições às populações do mundo rural, já que a Santa Casa de Misericórdia se comprometeu, e está a fazê-lo, nas zonas urbanas".

O apoio alimentar é dado nos casos comprovados em que as pessoas não têm dinheiro suficiente e faz parte de um Plano de Acção Social que a Autarquia de Viseu está a desenvolver. “Estão pedidas mais de 30 refeições, mas estamos com algumas dificuldades em fazer as entregas numa freguesia que tem uma povoação distante", disse o autarca, acrescentando que se está à procura de uma forma para fazer chegar as refeições às duas pessoas.

Fernando Ruas esclareceu que "se o número de refeições tiver de subir, não há problema", referindo que não é um número estanque. "Ficou estipulado um 'plafond' para nos deixar à vontade para dar resposta a todas as situações", frisou.

Entrega a partir de hoje

A entrega das refeições ao domicílio de cidadãos carenciados é possível a partir de hoje, ao abrigo de um protocolo celebrado entre a autarquia e várias associações do concelho. O presidente da Câmara de Viseu disse ainda que a autarquia está a estudar a possibilidade de dar um espaço físico a este "restaurante social", estando por decidir o local.

O Programa de Acção Social da Autarquia prevê ainda outras respostas para os cidadãos mais carenciados. Para além do congelamento das rendas no parque habitacional social, os apoios vão até a possibilidade de a Autarquia comparticipar medicamentos.

"Ficámos chocados quando soubemos que alguns cidadãos vão à farmácia aviar os medicamentos e o fazem em função do seu preço", revelou. O autarca lamenta que "alguém leve uma lista que o médico lhe aconselhou e que tenha que escolher o medicamento A, B ou C em função do preço e não do medicamento que teria acção mais eficaz".

Por isso, "estamos disponíveis para receber os casos de cidadãos que necessitem de comparticipação de medicamentos". Fernando Ruas disse ainda que o Programa de Acção Social é para manter enquanto se justificar. "Mas ficaremos muito satisfeitos quando pudermos levantar este programa. É sinal que os cidadãos já não necessitam", concluiu.


Público

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