sábado, 24 de janeiro de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Barcelos

PJ concluiu inquérito sobre apropriação indevida de 600 mil euros da Santa Casa da Misericórdia
Funcionários poderão ser acusados de peculato

A Polícia Judiciária de Braga enviou para o Tribunal de Barcelos um inquérito em que dois funcionários da Santa Casa da Misericórdia local são suspeitos de furtarem 600 mil euros da contabilidade da instituição.

A agência Lusa noticiou ontem ao fim da tarde, citando fonte da Policia Judiciária, que o inquérito abrange o chefe da secretaria e uma funcionária da instituição, entretanto suspensos pela direcção na sequência de buscas realizada pela PJ em 2006.
Os dois arguidos, que poderão vir a ser julgados pelos crimes de peculato, falsificação de documento e outros conexos - praticados entre 2001 e 2007 - terão actuado, de forma conjunta, de forma a subtrair aquela verba, através de truques contabilísticos e viciação de facturas e vales de caixa.
A mesma fonte revelou ainda à Lusa, “que a PJ analisou a contabilidade e as contas bancárias da instituição, cruzando-as com as dos suspeitos, para verificar se houve ou não desvio de fundos”.
Concluiu que os dois terão ficado com aquela verba, para proveito próprio, a qual era resultante de donativos e de outros proventos da Santa Casa.
O inquérito teve início numa denúncia da própria instituição tendo a PJ ouvido os dois suspeitos e recolhido elementos e documentação contabilística que indiciam a apropriação indevida, por parte deles, de cerca de 600 mil euros.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público na Comarca de Barcelos para que pondere a dedução de acusação, o que deve acontecer dentro de dias.
Ouvido pela Voz do Minho, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, Mário de Azevedo, revelou não conhecer ainda em pormenor o relatório da PJ, remete para os próximos dias uma comunicação sobre o assunto. Mas para já, adianta que é intenção da instituição, avançar com o processo.


> Fátima Vilaça

in A Voz do Minho

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