quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Riba de Ave

Riba de Ave
Misericórdia vai construir novo hospital

A Misericórdia de Riba de Ave vai construir um hospital de raiz nos terrenos contíguos ao actual.

O objectivo é centralizar os serviços. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Riba de Ave,
Raul Ferreira espera que o arranque da construção possa acontecer ainda durante este ano.
A Santa Casa da Misericórdia de Riba de Ave vai construir um hospital de raiz. A nova unidade de saúde vai nascer nos terrenos atrás do actual hospital para centralizar todos os serviços.
Segundo o provedor da Santa Casa, Raul Ferreira, que avançou a novidade na sua tomada de posse, a nova infra-estrutura poderá começar a ser construída ainda durante este ano. O projecto de arquitectura, segundo adiantou, está a ser ultimado sendo que será remetido para aprovação podendo depois começar-se a construção.
Raul Ferreira explicou que o intuito é centralizar os serviços que não estejam dependentes de outros, referindo que o edifício onde se encontram os actuais serviços deverão acolher os serviços administrativos e outros que não tenham dependência de nenhum outro.
Não obstante, o que vai ocupar o local onde actualmente funciona o hospital está ainda em “estudo”, sendo certo que o lar de acamados ficará no mesmo sitio.
Por outro lado, Raul Ferreira aludiu que estão também, a estudar o enquadramento com o qual se possam candidatar a fundos para a construção da unidade de saúde. “Gostaríamos de começar a construir em 2009 e finalizar tudo em três anos”, avançou o provedor, notando que a aquisição do terreno para o novo hospital teve o apoio da Câmara de Famalicão.
Raul Ferreira é o quarto provedor da Santa Casa da Misericórdia da vila ribadavense, sucede ao pai e, durante o último triénio foi vice-provedor. Para o novo provedor o cargo representa um “grande desafio”, contudo diz que o encara com “optimismo”.
No discurso de tomada de posse, o responsável leu um pequeno excerto do diário do bisavô onde este aludia à necessidade de conseguir apoio na saúde. O escrito conta a história de como nasceu o hospital de Riba de Ave e a Misericórdia em 1924. “Vivemos tempos difíceis como em 1924, mas não foi por isso que se deixou de levar uma obra adiante”, afirmou, sublinhando que hoje, a “região está muito debilitada”. Por isso, Raul de Ferreira salientou a importância da Misericórdia não só como pólo de assistência na saúde, mas também como o facto de ser um pólo dinamizador de emprego. No final do ano, segundo a mesma fonte, o quadro de pessoal terá duas centenas de pessoas.
Por seu lado, o presidente do secretariado da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, adiantou que a tomada de posse “é mais um passo na continuação” da instituição. Lemos notou que nas épocas difíceis é sempre pedido às misericórdias que façam um esforço suplementar. “Temos de atender às necessidades de saúde das pessoas mas também ao que representamos hoje no mundo do trabalho”, afirmou, aludindo também à “articulação entre a misericórdia e a autarquia”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa assinalou a importância das misericórdias na prestação de serviços de saúde. “Os desafios são grandes”, afirmou, enquanto acrescentava que a unidade de saúde não serve apenas Famalicão mas também Guimarães e Santo Tirso.
Evocando a ajuda na compra do terreno para que “o hospital possa crescer”, Armindo Costa evocou o slogan “Famalicão, concelho solidário” para mostrar a concretização da solidariedade.

Arcebispo lembra pobreza
Temos de ter uma misericórdia criativa”, afirmou o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, frisando que a solidariedade tem de ser “criativa permanentemente”.
“Tenho vivido preocupado pela realidade do desemprego que irá suscitar muita pobreza nas famílias”, afirmou, atirando que o preocupa a “pobreza envergonhada”. Por isso, o arcebispo considera que não se pode esperar que as pessoas batam sempre à porta, mas há que “adivinhar” aqueles que não batem.
Segundo D. Jorge Ortiga em grego a palavra crise significa oportunidade para crescer, por isso é preciso que esta seja encarada com “optimismo”.

Entre Vilas

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