quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Santa Casa da Misericórdia de Vagos

Paulo Gravato, provedor da Misericórdia de Vagos: “Vamos estar atentos a essa nova classe de pobres pelo desemprego”
Paulo Gravato toma hoje posse para um novo mandato (até 2011) à frente da Misericórdia de Vagos. “Queremos continuar a bater-nos pela qualidade, em detrimento da quantidade”, refere o provedor

Surgiu em 1959, com o objectivo de instalar um hospital, chegando mesmo a adquirir terreno para esse fim. Sem o conseguir, lançou então, em 1976, a sua primeira valência – infantário. Actualmente, a Misericórdia de Vagos centra a sua actividade nas mais diversas valências, para as quais tem acordos típicos de cooperação. O Apoio Social Integrado e o Centro de Acolhimento Temporário são as mais recentes.

A Santa Casa da Misericórdia de Vagos comemora, em Dezembro, meio século de vida, e está cada vez mais pujante. Houve vantagens de ter sido a primeira instituição de solidariedade a implantar-se no concelho?
Acredito que houve, de facto, algumas vantagens, apesar de só há cerca de 30 anos ter começado a desenvolver a sua actividade. Recordo que a primeira valência social abriu, em casa emprestada, com 20 miúdos, porque na altura não havia condições para mais. Mais tarde, quando construímos o Lar, então sim, a Misericórdia começou a ter mais impacto, pese embora a população continuar, ainda hoje, a não estar muito direccionada para centros de dia.

É um facto que esta instituição tem crescido na abastança, no que diz respeito a subsídios da tutela…
Os subsídios são dados com base nos utentes que temos.

E como é gerir, hoje, esta casa, com as dificuldades que se apregoam?
Só há crescimento da instituição, seja ela qual for, se houver planeamento atempado. Sou provedor há vários mandatos, e sei como se lida com essas situações. Porém, se for uma Direcção completamente nova, ou há planeamento inicial ou não se consegue fazer nada. As candidaturas quando aparecem é em cima da hora, e se não houver projectos a andar é de todo impossível apresentá-las. Daí haver muitas instituições que não conseguem dar o pulo.

Não é esse o caso de Vagos…
É um facto que ao longo dos últimos anos todas as candidaturas que abriram eram do nosso conhecimento na hora. Os governos também mudam, e eu já trabalhei na vigência de vários, e sempre que entra um ministro para a pasta da Segurança Social tenta criar qualquer coisa de novo. Dou-lhe um exemplo: construímos o Centro de Noite porque o Dr. Bagão Félix, quando tomou posse, entendeu que essa valência era uma necessidade, e então programou a vinda de fundos comunitários dirigidos para a mesma. Quem arrancou logo conseguiu fazer a obra, independentemente de agora ser útil ou não. O que é certo é que foi aproveitada uma candidatura de 80 por cento a fundo perdido, e a obra está concluída.
(Ler notícia completa na edição em papel)

Eduardo Jaques

Diário de Aveiro

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